segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Fernanda Benvenutty: Seu legado é sua luta!




Faleceu na tarde deste domingo (02) Fernanda Benvenutty, em João Pessoa, aos 57 anos. Fernanda lutava contra um cancêr no estômago.






Enfermeira, Militante, Carnavalesca!


Era militante da causa LGBTQI+, defensora dos Direitos Humanos e apoiava a cultura. 

No âmbito da luta pelos direitos e cidadania de LGBTI+, foi pioneira na luta pela dignidade e direitos de travestis e transexuais no Brasil, Benvenutty chegou a ser presidenta do Conselho Estadual LGBT no estado da Paraíba. Em seu currículo ainda, ela foi presidente-fundadora da Associação das Travestis da Paraíba (ASTRAPA), vice presidenta da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), e integrou o Conselho Nacional de Saúde (CNS). 

Como um ser político que era, foi uma das primeiras pessoas LGBTI+ a ingressar na política no estado da Paraiba, Fernanda Benvenutty chegou a ser candidata a vereadora em João Pessoa e deputada estadual pela Paraíba.
Enquanto ativista cultural, era componente da Escola de Samba Unidos do Róger em João Pessoa. 

Algumas instituições como ASTRAPA, ANTRA e Conselho Estadual LGBT emitiram nota de pesar, confira:

Associação das Travestis da Paraíba (ASTRAPA) 

"É com imensa tristeza que a Associação das Travestis da Paraíba, vem anunciar que neste 02 de fevereiro, falece a precursora do movimento de Travestis e Transexuais na Paraíba a eterna Fernanda Benvenutty [...] Mulher, mãe, política, ativista social, parteira, técnica de enfermagem, artista circense e acima de tudo uma eterna grande referência para todas nós que continuaremos com a sua luta [...]".

Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA)

"Ela que foi pioneira de muitas lutas e de muitas batalhas, perdeu a vida vitimada pelo câncer. Nós estamos dilaceradas por perder tão importante personalidade, mas temos certeza de que ela cumpriu seu papel e nos deixou um belo legado de luta e resistência". 

Conselho Federal de Psicologia (CFP)

"O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento da militante trans e ativista de direitos humanos, Fernanda Benvenutty, neste domingo (2), em João Pessoa (PB). [...] Fernanda estampou durante muitos anos a Campanha pelo direito ao uso do nome social por travestis, mulheres transexuais e homens trans, veiculada nas redes de saúde pública, divulgando o cartão do SUS com o nome social. A ativista deixa um legado de luta e resistência pelos direitos da população trans no Brasil".

Conselho Estadual LGBT
"Nós do Conselho Estadual de Direitos LGBT da Paraíba, expressamos nosso profundo pesar pelo falecimento de nossa companheira de lutas e consquistas Fernanda Benvenutty. Em nosso conselho Fernanda contribuiu nos últimos 4 anos na função de presidenta. Sempre nos ensinando e ajudando a conquistar nosso espaço político social com firmeza, autenticidade e respeito [...]".

Informações sobre o velório
Início 18h (02/02)
Local: Ginásio O Guarani
Endereço: Rua Dezenove de Março, 13 - Róger, João Pessoa - PB
Próximo ao Campo Onze.
Sepultamento:
15h (03/02)
Local: Cemitério Santa Catarina - Bairro dos Estados

Galeria
Campanha Tire o respeito do Armário/Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana/Governo do Estado da Paraíba
Campanha pelo Nome Social

Militância
Fontes:
G1
Conselho Federal de Psicologia

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Biscoito Sexual: é de comer?







Biscoito Sexual? É de Comer?😅



O que é o Biscoito Sexual?

O tão famigerado Biscoito Sexual trata-se do uso da imagem de um biscoito em formato de corpo humano, afim de esclarecer de forma didática, os conceitos de identidade de gênero, atração ou orientação sexual, expressão de gênero e sexo biológico. Através dele, temos uma visão muito clara de cada uma destas definições.


Entendendo os Conceitos


Antes de qualquer coisa, entenda gênero!


Gênero =/= Sexo

A definição de gênero ultrapassa a ideia de simples aspectos físicos e/ou biológicos. Trata-se de uma questão social, uma construção de forma siatemática das identidades.



Identidade de gênero
Quando uma pessoa se reconhece como feminino ou masculino (ou até mesmo nenhum dos dois), independente do seu sexo biológico e/ou sua orientação sexual, esta pessoa está afirmando sua identidade de gênero. Em outras palavras identidade de gênero é: 

Se identificar com determinados valores, condutas sociais que "culturalmente" estão relacionadas a determinado gênero (feminino ou masculino) sem que seu sexo biológico seja fator determinante.
Sendo assim, identidade de gênero é a maneira como você se considera, na sua cabeça. A identidade de gênero se divide em dois grupos:

Cisgênero - Se identifica com o gênero de seu sexo biológico

Transgênero - Não se identifica com o gênero de seu sexo biológico, mas sim com oposto

As identidades de gênero são:

  • Mulher Cis
  • Mulher Trans
  • Homem Cis
  • Homem Trans

Sexo biológico
Se refere a órgãos visíveis, hormônios e cromossomos.


Fêmea (Mulher) - Vagina, ovários, cromossomos XX
Intersexual (intersex) - Uma combinação dos dois
Macho (Homem) - Pênis, testículos, cromossomos XY
   

Orientação sexual
A nossa orientação sexual indica por quais gêneros sentimos atração física, romântica e/ou emocionalmente.

Assexual
Nenhuma ou rara atração sexual, afetiva. 
Héterossexual
Atração pelo gênero oposto.
Bissexual
Atração sexual por pessoas do mesmo gênero, e também pessoas do gênero oposto.
Homossexual
Atração pelo mesmo gênero.


Expressão de gênero
A expressão de gênero fundamenta-se em como alguém se expressa, veste ou apresenta através do tipicamente masculino ou feminino. Pode vir por meio de vestuário, acessórios, estilos de cabelo, formas de falar, linguagem corporal, e outros aspectos de escolha na aparência. 

As expressões de gênero são:

Feminino
Andrógeno
Masculino

Minhas definições

Bem, vou dar minhas definições como exemplo do que foi exposto.

Sou Patrícia SOliveira
Minha identidade de gênero é Mulher Cis
Meu sexo biológico é Mulher (fêmea)
Minha orientação sexual é Homossexual
E minha expressão de gênero, bem... algumas pessoas me acham mais masculina, outras dizem que me veem feminina, eu diria que misturo um pouco dos dois, mas por vezes me identifiquei mais com a expressão masculina (roupas mais largadas, etc.)


É isso aí, gente!
Espero que tenham gostado desta matéria, que esteja minimamente clara algumas definições.
Não há exatamente nada que nos impeça de ler um pouco mais, para entender e respeitar as outras pessoas.
Se gostou do conteúdo, deixe seu comentário, compartilhe com mais alguém.

#Curtanossapagina
Facebook Tendência Lgbtqia+
😏😉

Hàbraços!
😚😚


Vídeos relacionados

YouTube/Blog Café com Sociologia


YouTube/Canal Preto

Fontes:

Significados

Nações Unidas Brasil

Mundo Educação

Vivendo Adolescência

Super Interessante

Uol Universa

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

LGBT o quê?


Tendência LGBTQIA+




LGBTQIA+ Certamente você já viu esta sequência de letras circulando por aí, seja na internet, seja na tevê, nos livros, jornais, em rodas de conversa e etc. Mas, você sabe o que significa cada uma destas letras?

Bora descobrir!?

Como surgiu a sigla

Na década de 1960 a palavra Gay se popularizou, tornando-se referências às pessoas homossexuais nos Estados Unidos, mas precisamente nas cidades Nova York e São Francisco. Esta popularidade da palavra que foi impulsionada pelo movimento gay na época e abarcava de forma genérica todos os outros grupos.


Afinal, por que tantas letras?

Para Leandro Colling, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e especialista em gênero e sexualidade, foi a partir do surgimento do Movimento Homossexual Brasileiro, que os diversos grupos iniciaram uma série de reivindicações, exigindo uma nova categoria identitária. Surge assim a primeira sigla GLBT, como uma forma de incluir diversos grupos na luta.


Primeira modificação

Em 2007, na Primeira Conferência Nacional do Movimento, a sigla foi modificada passando a ser LGBT, em resposta à uma reeinvidicação das lésbicas, que se sentiam invisibilizadas dentro do movimento. Assim, a sigla chegou ao formato que conhecemos hoje.


A inclusão de outros grupos

Mesmo com esta diferença, a sigla ainda não dava conta de representar os diversos grupos e minorias sexuais, logo, o movimento político e social de inclusão de pessoas de diversas orientações sexuais e identidades de gênero criou uma sigla bem mais abrangente, dando visibilidade aos demais grupos. A sigla então seguia evoluindo, como mostram Fernanda Nascimento e Débora Fogliaro, ambas da Desacato:
Internacionalmente, a sigla mais utilizada é LGBTI, que engloba as pessoas intersex. Órgãos como a ONU e a Anistia Internacional elegeram esta denominação com um padrão para falar desta parcela da população. Em termos de movimentos sociais, uma denominação que vem ganhando força é LGBTQ ou LGBTQI – incluindo além da orientação sexual e da diversidade de gênero a perspectiva teórica e política dos Estudos Queer.
Já Collins afirma que o uso e inclusão das demais letras é um ato político das pessoas, ele afirma que "[...] as pessoas usam LGBTQ+, LGBTQI+ e LGBTQIA+ com bases em seus posicionamentos políticos e ideológicos".

Espera aí... E GLS ficou onde?
👀😕

Existem divergências entre as/os autoras/es sobre o surgimento e uso da sigla GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes). Enquanto alguns/mas afirmam que GLS era um termo usado de forma meramente comercial, para designar lugares e produtos voltados para o público LGBT, outras/os relatam que GLS foi a primeira sigla adotada pelo movimento político e social de luta pelos direitos de LGBT. O fato é que nos anos 2000 ela era muito utilizada, ainda que fosse uma sigla excludente.

Evolução da sigla

GLS
GLBT
LGBT
LGBTI
LGBTQI
LGBTQIA+

Cada Letra

Lésbica
Gay
Bissexual
Transexual
Transgênero
Queer
Intersexo
Assexual

Conceitos

L
Lésbicas - Mulheres que sentem atração afetivo/sexual por outras mulheres.

G
Gays - Homens que sentem atração afetivo/sexual por outros homens.

B
Bissexuais - Homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros feminino e masculino.

T
Transexual ou Trangênero - Pessoas que se identificam com outro gênero que não aquele atribuído no nascimento, inclusive dentro do espectro não-binário. Trata-se a um conceito relacionada a identidade de gênero e não à orientação sexual/afetiva.

Q
Queer - Pessoas que se auto identificam com gênero queer transitam entre os gêneros feminino e masculino ou em outros gêneros nos quais o binarismo não se aplica.

I
Intersexo - Pessoas cujo desenvolvimento sexual corporal - expressado em hormônios, genitais, cromossomos e/ou outras características biológicas - não se encaixam na norma binária.

A
Assexual - pessoas que não sentem atração afetiva e/ou sexual por outras pessoas, independentemente de gênero.

+
Abriga todas as diversas possibilidades de orientação sexual e/ou identidade de gênero que existam.


Mas, gente... e a travesti?
❓❓

Calma lá, vou tentar explicar de forma que fique claro pra nós todes!😄💬


O termo travesti é muito utilizado ainda no Brasil e alguns países da América latina no intuito de diferenciar travesti e mulher trans. Contudo, buscando na vivência e na literatura, encontrei alguns pontos a se considerar:

  • Travesti não é diferente de mulher trans
Embora dentro da psiquiatria se afirme que a mulher trans tem aversão ao pênis, enquanto a travesti lida com ele tranquilamente. Esta hipótese centra o foco da questão em um fator unicamente biológico, negando ou ocultando o fato das construções dos corpos que acontecem em detrimento do sexo que nascemos. Esta mesma hipótese abre portas para uma hierarquização dentro da comunidade, a qual seria a mulher trans superior a travesti, por se adequar (ou se aproximar) ao padrão binário cis, sendo a travesti vista como algo pitoresco e depravado. Muitas mulheres trans se declaram em determinados espaços enquanto travesti, como ato político.
  • Não as defina, respeite, pergunte
A verdade é que não há diferença, e que o ideal mesmo é nós não tentarmos definir o que elas são, respeitar e perguntar como a pessoa se identifica cai bem. Perguntar não ofende, ao contrário, demostra seu interesse em respeitar.


Fato curioso
👀😲

A revista The Gay UK publicou uma matéria onde relatava que em 2018 um grupo de ativistas do Reino Unido iniciou um movimento para que se incluisse a letra K na sigla, afim de contemplar esse grupo. K na sigla representaria um termo norte-americano que significa Kink, que designa uma pessoa que se excita com formas, objetos e artefatos incomuns. O fato é que o K não colou na sigla (Graças às Deusas), a repercurssão nos comentários do post da revista foram bem negativos. Confira aqui!


Então, é isso!
São muitas as definições, mas no fim das contas o que nos interessa mesmo é o respeito e a garantia de nossos direitos como à qualquer outro grupo da sociedade.
Espero ter contribuído para um melhor entendimento dos significados das siglas mais recorrentes, claro que há uma pluralidade muito maior que esta.
Se você gostou do conteúdo, compartilhe com amiges e em suas redes sociais.
E não deixa de comentar aí #EuRespeito 😘

Beijos e 
Hábraços.

Leitura recomendada


Travesti e ou Mulher trans: tem diferença?


Vídeos relacionados 

Lorelay Fox


Quebrando o Tabu


Fontes:

Me Salte

Revista The Gay UK

Uai

Antibabel

Medium

Bluevision

Orientando

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Sair do Armário: o que significa e de onde vem este termo

Sair do armário

Certamente você já ouviu alguém usando a expressão "sair do armário", não é verdade? 😏 A expressão foi (e ainda é) bastante utilizada no meio LGBTQIA+, contudo, dentro e fora dele, as pessoas utilizam este termo quando se referem a alguém que é pertencente à comunidade LGBTQIA+ mas ainda não se "declarou" publicamente enquanto LGBT. 

Mas, você sabe de onde veio esta expressão? 
Vamos descobrir! 😉😉

A expressão "Sair do armário" utilizada no Brasil, teve sua origem na junção de duas expressões norte-americanas: "come out" e "skeletons in the closet". Para Glauco Lessa, da Super Interessante, as/os brasileiras/os juntaram literalmente as duas expressões, formando “come out of the closet”.
"Nos séculos 19 e 20, “come out” (“sair” ou “se revelar”) era o verbo usado quando as debutantes se apresentavam à sociedade, em grandes festas, para atrair possíveis maridos. Era como se as meninas agora “se revelassem” adultas [...]. Já a expressão “skeletons in the closet” (“esqueletos no armário”) sempre foi sinônimo de segredo vergonhoso". - Glauco Lessa
No caso das pessoas LGBTQIA+, este segredo seria sua orientação sexual, escondida a sete chaves por receio e medo de sofrer violências e preconceito. Assim surgiu a expressão come out of the closet = Saia do armário.

Afinal, é ou não importante sair do armário?
❓❓

Para a professora Beatriz Rustiguel da Silva, existem 4 razões importantes para que o indivíduo saia do armário, são eles: 

  • Por amor próprio
  • Para amar os outros
  • Para combater o preconceito
  • Para promover transformação social

Para ela, torna-se muito difícil alguém se amar verdadeiramente enquanto esconde sua real identidade. Ser autêntica/o é fundamental para se viver em plenitude. A professora ainda dá 5 dicas para quem deseja apoiar um/a amiga/o ou familiar que desejam sair do armário:

  • Não pressione
  • Seja paciente
  • Entenda que não tem a ver com você
  • Enfrente seu preconceito e desenvolva a empatia
  • Não exponha a vida de ninguém

Pode-se considerar que o momento de sair do armário é tão assustador quanto libertador. O medo da rejeição por parte de amigas/os e familiares, o medo da violência por parte da sociedade e retaliações em ambientes de trabalho, o momento de "se revelar" de uma pessoa homossexual, pode ser um momento pavoroso, em contrapartida é também um momento de alívio, por poder está, finalmente aberta/o à plenitude de suas vidas, suas vontades.

É obrigatório se declarar LGBTQIA+?

Não! 
Saiba que você não é obrigada/o a sair do armário, mas caso esteja pensando em fazê-lo, o pessoal da Huffpost preparou três super dicas:

Dica #1: Saiba que é algo recorrente;
Dica #2: Inspire-se nas experiências de outras pessoas;
Dica #3: Conte com um psicólogo.

Algumas celebridades que saíram do armário em 2019

Diego Hipólito (Tava tão na cara!)
Ludmila
Reynaldo Gianecchini (O burburinho era grande.)
Ícaro Silva
Jesuíta Barbosa
Camila Pitanga
Leilane Neubarth
Gustavo Mendes, entre outras/os.

Pensando em tudo isso, e em como pode ser complexo o processo de sair do armário, que nós, do Tendencias LGBTQIA+ convidamos alguns e algumas leitores/as para uma breve entrevista sobre como sairam do armário ou não e como se deu o processo.

Bora conferir?

Entrevistada/o X

Nossa/o entrevistada/o X tem 30 anos de idade, é mulher cis e lésbica.

Tendencia LGBTQIA+ - Quando você percebeu sua lesbianidade?

Pessoa X - Quando comecei a participar de ménage com casais heteronormativos. A partir daí, notei que estava gostando mais do contato com as mulheres do que com os homens.

Tendencia LGBTQIA+ - Então, quando você aceitou participar de ménage pela primeira vez, como você se considerava? Bissexual, lésbica, heterossexual?

Pessoa X - Não pensava sobre este assunto, fui pela curiosidade.

Tendencia LGBTQIA+ - Você já ouviu falar sobre a expressão "sair do armário"?

Pessoa X - Já sim, mas ainda não saí do armário.

Tendencia LGBTQIA+ - Você pode falar um pouco sobre o motivo (ou motivos) pelo qual você ainda não saiu do armário?

Pessoa X - Passei trinta anos me relacionando apenas com homens, tenho um filho, e uma família conservadora. Além de medo de represálias por parte de amigos e familiares, mas também por falta de uma pessoa que me incentive a fazê-lo.

Tendencia LGBTQIA+ - Você julga que se sentisse  apoio por parte de alguém, você sairia do armário? Você já conversou com alguém sobre sua orientação sexual?

Pessoa XSim, apenas mulheres lésbicas assumidas me incentivaram.

Tendencia LGBTQIA+ - Se você tivesse alguém que te desse o apoio que você julga necessário, o que você falaria para seus familiares sobre sua sexualidade?

Pessoa XQue o amor vence qualquer tipo de preconceito. Eu enfrentaria isso com o maior prazer e satisfação, sabendo que há alguém que me daria o que dou a todo mundo: apoio.

---

Entrevistada/o Y

Nossa/o entrevistada/o X tem 22 anos de idade, é homem cis e gay.

Tendencia LGBTQIA+ - Quando você percebeu sua homossexualidade?

Pessoa Y - Eu percebi bem cedo, tipo, quando criança mesmo, no começo eu não entendi o que estava acontecendo, que sentimento era aquele, e por muito tempo me fizeram acreditar que ser gay era algo sujo e errado, levando em consideração toda influência religiosa que até então era presente em minha família. Eu me reprimi por muito tempo, e na minha cabeça, eu tinha que fazer isso em respeito a eles, mas, em momento algum eles me respeitaram. Foi uma fase horrível de alienação e alto cobrança, por que até então, eu tentava dizer pra mim mesmo que isso ia passar porque eu não queria ir para o inferno. Me privaram de muitas coisas, mas, a que mais fez falta foi a INFORMAÇÃO [...].

Tendencia LGBTQIA+ - Como foi a reação de seus familiares e amigas/os quando você saiu do armário?

Pessoa Y - No ensino médio eu comecei a quebrar essa barreira que eu tinha em socializar. Eu busquei entender o que era ser um menino gay, e quando eu acordei, foi aquele babado (rs), eu contei pra um amigo "hetero", que me disse que tava tudo bem. Daí começou uma onda de conflitos envolvendo eu e meus pais, justamente por eu começar a me impor em algumas situações, até o dia em que não aguentei mais tantas farpas e indiretas e contei tudo em uma discussão. [...] Minha mãe ficou muito mal e me disse coisas horríveis [...] eu não a culpo, hoje eu consigo entender. Meu pai, por outro lado, apenas me deu um beijo na testa e disse que me amava.

Tendencia LGBTQIA+ - Que recado você daria para pessoas que ainda não conseguiram sair do armário?

Pessoa Y - Eu diria para ser corajoso, e que tudo vai dar certo. Vamos ocupar espaços e desocupar os armários.

---

Entrevistada/o Z

Nossa/o entrevistada/o Z tem 29 anos de idade, é mulher cis e bissexual.

Tendencia LGBTQIA+ - Como você percebeu sua bissexualidade?

Pessoa Z - Quando eu estava em um relacionamento afetivo com um rapaz, e por uma brincadeira entre nós, fui questionada por ele, sobre a beleza de uma moça. Ele quis saber se eu a beijaria, ou algo do tipo... Então reflexiva, vi que beijaria tranquilamente... Até que beijei uma mulher e gostei.

Tendencia LGBTQIA+ - Você já ouviu a expressão "sair do armário"?

Pessoa - Sim.

Tendencia LGBTQIA+ - E o que você entende por "sair do armário"?

Pessoa Deixar de viver algo às escondidas.

Tendencia LGBTQIA+ - Tendo em vista este conceito, você considera que saiu do armário?

Pessoa Do meu armário interno, talvez.

Tendencia LGBTQIA+ - Como você descreve este armário interno?

Pessoa Quando me limitava a seguir padrões que me diziam que o certo era me relacionar com o sexo oposto. Então, assim, embora eu achasse mulheres interessantes, me limitava a não olhar para elas como possíveis parceiras sexuais.

Tendencia LGBTQIA+ - Então você consideraria dizer que o armário não é tão somente interno, tendo em vista que o fator "padrões impostos", se caracteriza como algo externo a você?

Pessoa Sim. As situações externas nos fazem criar barreiras internas.

Tendencia LGBTQIA+ - Em que momento você quis sair do armário?

Pessoa Assim que beijei uma mulher.

Tendencia LGBTQIA+ - Assim que beijou uma mulher, você quis sair do armário. Você encontrou alguma barreira para isso?

Pessoa Não.

Tendencia LGBTQIA+ - Para quem você se abriu primeiro, familiares ou amigas/os?

Pessoa Ambos. Foi numa festa, na qual eu estava com amigues e familiares.

Tendencia LGBTQIA+ - Como os diferentes grupos reagiram?

Pessoa Ficaram um tanto surpresos, mas foi algo momentâneo.

Tendencia LGBTQIA+ - Bem, que recado você gostria de deixar para quem ainda não saiu do armário por circunstâncias diversas?

Pessoa - A vida é muito breve para interpretarmos papeis que não nos cabem. Se o outro não está feliz com o que verdadeiramente somos, o problema não está em nós, e sim no outro.  Por isso, é preciso assumirmos a responsabilidade com nossa própria existência e nos libertar-mos das expectativas alheias.


Então é isso galera, espero que tenham gostado do conteúdo. 👍
Não deixem de comentar e compartilhar em suas redes sociais. 😉😁
Abaixo seguem mais referências para quem quiser se aprofundar no assunto. 👇

Boas leituras.
Hábraços.


Alguns vídeos sobre o tema  

Quebrando o Tabu

Louie Ponto

BuzzFeed Brasil

Leitura recomendada:

Medium

Fontes: 

Super interessante

Mentalidade de crescimento


Huffpost